terça-feira, 23 de maio de 2017

Michelin Power RS é a novidade no mercado de pneus

A fabricante francesa de pneus Michelin lança no Brasil e nos demais países do mercado latino-americano a linha de pneus Power RS, um novo produto com perfil esportivo voltado para motos de rua, que promete mais aderência, maior estabilidade e equilíbrio, sobretudo em função do desenvolvimento das tecnologias ACT+ (Adaptive Casing technology) e de duplo composto na sua composição.

Em grande evento com a imprensa e distribuidores de vários países, no Circuito Vello Citta, em Mogi Guaçu (SP), pudemos experimentar os pneus Power RS montados em uma moto Kawasaki Z800 e o resultado foi bastante positivo. O comportamento do novo produto na pista agradou bastante por apresentar um bom nível de controle e estabilidade em curvas e mudanças de trajetória, além de oferecer muita segurança nas frenagens.

As voltas nas pista foram monitoradas pelo piloto e apresentador Leandro Mello, que ressaltou na prática e em apresentação as vantagens dos novos pneus Power RS, em termos de pilotagem, como a surpreendente entrega uma performance de competição para um produto que foi desenvolvido para motos de rua.

O experiente piloto Eduardo Costa Neto, que está na disputa da temporada 2017 do Superbike Brasil, no comando de uma esportiva inglesa Triumph Daytona 675R, também participou do evento e disse ter ficado muito satisfeito com os resultados alcançados na pista do Vello Citta com os novos pneus da Michelin, especialmente pala aderência.

A Michelin informa que os pneus Power RS possuem novos compostos de borracha derivados de modelos de competição, que permitem uma maior variação da rigidez nas áreas de contato com o solo em função do uso de uma coroa menos rígida e com os ombros reforçados com uma segunda camada, além de um design moderno na carcaça.

Os pneus Power RS chegam ao mercado nacional em 13 dimensões para motos de alta cilindrada, com motorização acima de 500cc, e a partir de julho, o produto também poderá ser encontrado com medidas para motos de média cilindrada. A Michelin destaca que a linha Power RS deve seguir a faixa média de preço da linha Pilot Power 3.


Com a recente aquisição da marca brasileira Levorin, com unidades em Guarulhos (SP) e Manaus (AM), a Michelin anuncia planos audaciosos de crescimento no mercado nacional, presença que é atualmente de cerca de 30%. O diretor de marketing e vendas do segmento de motos, Antonio Barbosa, ressalta que com o lançamento da nova gama de pneus, a Michelin tem como meta a liderança no segmento esportivo de pneus para motos na América do Sul.

Fonte: Moto.com.br
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Graham Jarvis vence o Red Bull Minas Riders em 2017

Em sua segunda edição, a competição radical de Hard Enduro, Red Bull Minas Riders, que aconteceria entre os dias 17 e 21 de maio em Minas Gerais, teve sua final antecipada em dois dias e consagrou o britânico Graham Jarvis como o grande campeão, seguido do americano Cody Webb, estreante na prova, e do espanhol Alfredo Gomez, vencedor do evento no ano passado Nesta sexta-feira (19), os pilotos iniciaram o dia nas trilhas da região de Ouro Preto (MG), até chegarem ao ponto final, em Barão de Cocais.  


Em 2016, Graham Jarvis foi segundo colocado, perdendo por pouquíssimos minutos de diferença para Alfredo Gomez. Desta vez, mais experiente, ele soube aproveitar as trilhas mineiras e os erros dos adversários para ficar com o título, depois de percorrer cerca de 240 km nesses dois dias de competição, pilotando por montanhas, trilhas e florestas por aproximadamente cinco horas a cada dia.  


“Cody andou muito perto de mim durante a maior parte do tempo e, sinceramente, acho que isso acabou me ajudando, porque nós dois nos apoiamos e chegamos até a nos ajudar em alguns momentos”, disse Jarvis. “Este ano, encontrei os caminhos muito mais facilmente e sabia o que fazer, então acabei ganhando tempo. Estou muito feliz”, completou.   

Na segunda colocação, ficou Cody Webb, em uma estreia de sucesso no Red Bull Minas Riders. Webb foi terceiro colocado no Prólogo, realizado na Praça Tiradentes, Ouro Preto, na quarta-feira (18), para definir as posições de largada e, logo no dia seguinte, alcançou o segundo lugar, repetindo o feito nesta sexta (19).   

“Foi insano. Eu já participei de competições bem difíceis, mas nada comparado a uma prova em que você tem que pilotar durante cinco horas por dia em um terreno bem complicado. As montanhas aqui são malucas, eu nunca tinha andado no meio de florestas. Considero tudo como uma experiência incrível”, afirmou o americano.   

Entre os brasileiros, o melhor colocado na categoria principal, a Gold, foi Rigor Rico, que terminou na sétima colocação.

O romeno Martin Freinamedetz, da empresa Xventure, responsável pela organização da prova, lamentou o encurtamento da competição. “Estamos há um ano conversando com todas as autoridades ambientais e definindo o trajeto da prova e temos autorizações de todos os órgãos responsáveis. Infelizmente, no último momento, a polícia pediu para fazer mais algumas análises de risco e optamos por cooperar e antecipar o final da competição já que os pilotos não podem aguardar”, afirmou.

Classificação Geral
  
Ouro  
1o lugar – Graham Jarvis – GBR
2o lugar – Cody Webb – USA
3o lugar – Alfredo Gomez – ESP

Prata
1o lugar – Romulo Bottrel – BRA
2o lugar – Rogério Zortea – BRA
3o lugar – Renan Tonon – BRA

Bronze
1o lugar – Patrik Capila – BRA
2o lugar – Diego Baesso Collet – BRA
3o lugar – Marco Túlio Faria – BRA

Iron
1o lugar – Kelder Campos – BRA
2o lugar – Laurindo Zatorski – BRA
3o lugar – René Reist - SUI

Fotos: Fabio Piva, Bruno Senn e Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool

Fonte: Moto.com.br
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Revisão na sua moto após a trilha

Como todo bom motociclista sabe, quando utilizada de forma esportiva e intensa, qualquer motocicleta tende a gastar muito. Após uma trilha, o desgaste é acentuado, pois as suspensões são forçadas e o motor trabalha em regimes mais elevados. Por isso, é fundamental revisar a moto para garantir a segurança.

Levando isso em consideração, é essencial fazer uma boa revisação da moto para garantir a segurança. Para o responsável técnico da MXF Motors, Tiago Peruci, é importante seguir um passo a passo de revisão para deixar sua moto pronta para a próxima trilha:

1.Faça a limpeza da moto, de preferência com produtos neutros e específicos para lavagem de motocicletas;

2.Coloque a moto sobre o cavalete e verifique o estado do pneu;

3.Gire a roda (aro) e verifique se há alguma trinca ou amassados, se for o caso, o aro deve ser trocado. Analise também o alinhamento;

4.Procure se há raios frouxos, quebrados ou tortos. Se estiver apenas frouxo, aperte com cuidado para não desalinhar a roda;

5.Force a roda lateralmente para ver se há folga nos rolamentos. Se tiver, troque-os;

6.Verifique o estado das pastilhas do freio a disco e as lixe para tirar a sujeira até ficar com uma coloração marrom clara;

7.Confira o nível do fluído de freio no reservatório. Caso necessário completar o nível, use o mesmo fluído que já existe;

8.Limpe o filtro de ar e se houver furos, rasgos ou deterioração, troque-o. Não se esqueça de limpar também a caixa do filtro;

9.Retire a vela de ignição, limpe-a e regule o eletrodo lateral conforme indica o manual do proprietário da moto;

10.Estique a corrente e a lubrifique corretamente;

11.Limpe o carburador;

12.Limpe o filtro interno da torneira de combustível e se necessário, desmonte toda a torneira para uma limpeza;

13.Se o coletor de admissão estiver ressecado ou trincado, troque-o;

14.Inspecione o nível do óleo do motor e se necessário complete com o mesmo tipo de óleo;

15.Verifique o cabo de aço da embreagem, se houver fios quebrados, troque-os;

16.Analise o estado dos chicotes elétricos e dos terminais. Isole todos os terminais com fita isolante para evitar que a sujeira interfira na condução da energia;

17.Verifique a fixação do amortecedor e o estado das buchas onde passam os parafusos de fixação e se há vazamento de óleo;

18.Limpe bem a corrente usando querosene e um pincel;

19.Verifique o aperto de todos os parafusos visíveis da moto.

Depois de realizados todos os passos e revisões, ligue o motor e preste atenção se ele possui algum ruído estranho. Se perceber algo irregular, leve a moto em um mecânico de confiança.

Fonte: Moto.com.br
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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Qual moto usar para trabalhar?

Moto para trabalhar? Saiba qual escolher

Se você está procurando uma moto para trabalhar, antes de tudo é preciso saber qual é a atividade que você vai realizar para ter  o melhor desempenho com a sua moto.

Para os motoboys, as máquinas de 150 cilindradas são as preferidas, principalmente pelo tamanho e consumo. Mas essa não é uma regra e dependendo da situação escolher outros modelos pode ser mais interessante.

 O QUE ANALISAR?

 Gasto com combustível

Pense em qual será sua possível rota diária. A partir daí você já pode calcular quanto vai gastar de combustível por semana, que é um fator que pode ajudar a decidir qual modelo de moto escolher.

 Rotas Curtas

As motos de 100 a 120 cilindradas são perfeitas para quem for circular apenas dentro de bairros, como no caso de entregadores de restaurante. Como muitos utilizam mochilas térmicas para fazer as entregas, o tamanho e a potência da moto não são tão importantes. Uma vantagem desses modelos é que os tanques comportam boa quantidade de combustível, o que reduz a necessidade de abastecimento.

 Rotas Longas

Se a sua rota for extensa e ainda  incluir estradas e locais de pouco ou nenhum asfalto, procure por uma moto off-road. Elas contam com suspensão ideal para estes locais e ainda é possível encontrar modelos de 150 cilindradas, que garantem baixo consumo e conforto ao mesmo tempo.

 Entregas pesadas ou especiais

Se você vai trabalhar com entregas maiores ou especiais, será necessário ter um baú, então já procure uma moto com essa característica, pois serão mais confortáveis, principalmente se você precisar fazer muitas entregas e rodar bastante diariamente.

 Manutenção, impostos e outros gastos

Pense nos  impostos como IPVA e extras, como seguro contra roubo. Não se esqueça de contabilizar se for gastar com estacionamento ou lugar para deixar a sua moto. Ah, e jamais deixe de contar os gastos com manutenção, revisões e peças. Cuide de sua moto com as peças VINI: o melhor custo-benefício  em peças que oferecem performance reconhecida pelas principais montadoras de motocicletas do mundo, garantindo a mais alta qualidade para a sua moto e a segurança para o seu trabalho.

Fonte: ViniParts.com.br
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Quando trocar o filtro da minha moto?

Qual é a hora certa para trocar o filtro de ar da moto?Como saber quando se deve trocar o filtro de ar da moto?

O filtro de ar, como o nome já diz, tem a função de filtrar as impurezas e sujeiras que podem entrar no motor e danificá-lo.

Como qualquer outra peça de moto, o filtro de ar também precisa ser regularmente inspecionado para manutenção. Você sabia que andar de moto com um filtro de ar sujo diminui o rendimento do motor e ainda é responsável por aumentar o consumo de combustível? Provavelmente já sabia né?

Pois é, por isso nem pense em andar por aí sem um desses. A manutenção preventiva periódica contribui também em preservar a vida útil de várias peças de motos, como pistões, bielas, cilindros e anéis. Agora dá para ver vantagem, hein?

Mas afinal, qual é a hora certa para trocar o filtro de ar da moto?

Não há um prazo fixo exato para a troca, pois vai depender de muitos fatores como o uso da moto e o tipo de terreno que costuma frequentar. Contudo, a quilometragem média de 10.000 Km para limpeza ou troca do filtro é uma boa medida para se ficar de olho.

Antes de pensar em efetuar a troca, você mesmo pode verificar se é possível realizar uma simples limpeza. Você deve antes observar a quantidade de sujeira impregnada na superfície. Mas não deixe se enganar por um visual aparentemente limpo – mesmo partículas pequenas podem impregnar os poros do filtro de ar.

Você verá a orientação de muitos sites de motos e fóruns indicando o uso de querosene ou outros produtos químicos, mas a maneira mais comum e barata para fazer essa limpeza é com água e sabão. Na dúvida, procure por um mecânico para instruí-lo da melhor maneira possível.

O recomendado é você sempre comparar um filtro de ar novo com um já desgastado para você entender qual o momento certo de trocá-lo. Ao comparar os dois – o usado e o novo – veja a diferença nos aspectos e no encaixe de cada um. O filtro de ar precisa cumprir a sua função de lacrar corretamente a passagem de ar.

A troca em si é extremamente simples. Basta apenas desencaixar o antigo e trocar por um novo.

Fonte: ViniParts.com.br
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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Quando trocar as Pastilhas de Freio da moto

Quando mudar as pastilhas de freio da motoSaber quando mudar as pastilhas de freio da moto é simples, já que a parte que roça o disco está à mostra e você mesmo poderá comprovar o desgaste. Claro que, tem de saber que dependendo de sua forma de conduzir e, em concreto, de frear a moto, durarão mais ou menos tempo. O fato de circular mais na cidade que na estrada contribuirá, também, para que a vida útil das pastilhas de freio seja mais curta. Explicamos a você quando mudar as pastilhas de freio da moto.

Para saber quando mudar as pastilhas de freio da moto, simplesmente deve comprovar que não estejam tão finas que corra o risco de que a placa base das pastilhas danifique o disco. As pastilhas se desgastam, precisamente, pelo atrito que têm com o disco durante o freado da moto. Sabe-se que tem que mudar de forma urgente as pastilhas de freio da moto quando a camada delas que roça com o disco, não a placa baseie, mede menos de 2 milímetros. Pode olhar colocando-se em frente à moto e dirigindo sua vista para a pinça de freio.

Além disso, deve ter em conta que tem que trocar de uma vez todas as de um mesmo eixo. O normal é que todas se desgastem na mesma proporção, o contrário pode ser um sintoma de algum problema no sistema de frenagem que deve consultar seu mecânico.

Resultado de imagem para Pastilha de freio motoNa hora de avaliar quando mudar as pastilhas de freio da moto, também tem que ter em atenção ao fator do meio no qual costuma usar sua moto. No caso circular de forma habitual em estrada, onde o uso do freio não é muito intenso, as pastilhas durarão mais. Por outro lado, se usa a moto para se mover pela cidade, terá que usar o freio com frequência devido à circulação, pelo que as pastilhas de freio terão uma vida útil mais curta.

Um sintoma que ajudará você a saber que sua moto precisa de uma troca de pastilhas de freio é que se produz um ruído provocado pelo choque da pastilha contra o disco. Trata-se de um som que aparece cada vez que freia e que antes não existia.

Recomendamos a você que, aproximadamente, a cada 10.000 ou 15.000 quilômetros realize uma revisão das pastilhas de freio da moto. Não se esqueça que são uma parte vital do sistema de frenagem de seu veículo e que, se não funcionam bem, põe em grave risco sua segurança.

Como dissemos, a troca das pastilhas de freio da moto faz parte das revisões periódicas que deve fazer em seu veículo. Leia este artigo no qual explicamos a você outras questões que deve considerar para uma boa manutenção da moto.

Fonte: UmComo.com.br
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terça-feira, 16 de maio de 2017

Como verificar a mistura da Vela de sua Moto

Mistura Rica

Se sua moto estiver com a mistura rica, consequentemente sua moto estará com a parte interna da vela na cor preta. Esse é um problema menos grave que acaba ''enxarcando a vela'' porém não foi comprovado que chega a um ponto de travar o motor. Também podemos verificar se a moto está com mistura rica quando esticamos a marcha da moto (sobe o giro), se a moto afogar (ao invés de cortar giro) é que está com excesso de Gasolina, ou seja, uma Mistura Rica.

Mistura Pobre

Já no caso da mistura pobre podemos ver que no interior da vela está consequentemente na cor branca. Isso é considerável um problema mais grave ao motor, pois está com excesso de ar e falta de combústivel, ocasionando um super-aquecimento no motor vindo a causar sérios danos (cabeça do pistão furada, travemento do pistão/motor). Em muitos caso a curva dos escapamento vai amarelando ou até mesmo ficando azulada no caso de motos com Escapamento Cromado.

Mistura Ideal

Percebe-se que na Mistura ideal a cor da vela está marrom, ou seja, é o ponto ideal da mistura de Combustível / Ar e sua moto consequentemente irá ter um durabilidade muito maior, desempenho mais relevado e um consumo mais regulado.

vela_mistura_ideal_marrom
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Como regular o carburador de sua moto

Carburadores especiais de competição usa um método totalmente diferente de regulagem
Iremos verificar como se regula um carburador de moto, monocilindro com as partes mais comuns. Vamos nos ater à parte teórica porque na prática há que se especificar o funcionamento mais diverso de cada modelo de moto e do seu carburador. Depois de verificada toda a técnica veremos como aplicá-la aos multicilindros.

Retomando da matéria anterior já sabemos que existem três sistemas de mistura num carburador de moto, sem falar no afogador para partida a frio. O primeiro que atua de zero a 1/8 do curso do acelerador é composto do circuito de lenta que conta com o giglê de lenta e o parafuso de regulagem do ar. O segundo atua de 1/8 a 3/4 do curso do acelerador e é composto pelo pistonete do acelerador, da agulha acoplada a ele e do tubo difusor, por onde a agulha passa. O terceiro é o circuito de alta onde participam o giglê principal e o tubo do corpo do carburador em si.

Para cada uma dessas fases de aceleração há uma regulagem que se faz ora substituindo uma peça como um giglê ora modificando a sua atuação por meio de outras ações.

A primeira coisa a se conferir num carburador para verificar seu funcionamento é a limpeza, todos os orifícios devem estar limpos e sem resíduos no reservatório da cuba de combustível. Em segundo lugar devemos verificar o nível da bóia medindo conforme o manual específico da motocicleta, pois qualquer desgaste na agulha ou infiltração de combustível na bóia pode alterar o seu peso e o nível, a conseqüência disso é o funcionamento incorreto da moto. Esse nível atua em todos os subsistemas de alimentação e portanto deve ser o primeiro a se verificar.

A explosão perfeita da gasolina se dá em uma proporção do volume de 14 partes de ar por uma de gasolina, mas a verificação dessa proporção para a regulagem do carburador se torna bastante complicada, a melhor maneira de saber como está a mistura é pela coloração da vela de ignição. Ela deve ter uma coloração de cerâmica avermelhada (telha ou tijolo) e tanto mais clara será a indicação de um menor volume de gasolina na mistura, chamada de pobre e mais escura até o negro mesmo indicando uma mistura rica. Só que como temos três sistemas em sobreposição na alimentação a regulagem tem que ser feita em cada um deles, a começar pelo da lenta, passando pelo curso de 1/8 a 3/4 da aceleração e por fim com toda aceleração aberta. Acontece que numa moto em uso a vela vai indicar a média da atuação dos três sistemas, então temos que ajustar uma técnica para identificar qual a mistura em cada posição do acelerador.

Para começar vamos ajustar a marcha lenta, normalmente é o que tem de mais errado nas regulagem das motos, seja porque é fácil de mexer ou seja porque alguns mecânicos deixam desregulado mesmo, em excesso para facilitar a partida a frio. Não compensa porque o consumo fica excessivo e quando esquenta o motor o funcionamento fica ruim, falhando e eventualmente morrendo se ajustar a marcha lenta na rotação correta.

 Nessa regulagem normalmente será necessária uma ferramenta especial, uma chave de fenda com o bico em 90º de forma que o acesso ao parafuso de ar se torne possível. Encontram-se facilmente em lojas de ferramentas para motocicletas. Antes de ligar o motor ajuste o parafuso de ar para duas voltas, partindo da posição fechado. Depois, ligue o motor e deixe-o esquentar bem. Se a marcha lenta não assentar, vire para mais ou para menos o parafuso de ajuste de marcha lenta até que consiga uma rotação perto da especificada no manual de sua moto, em geral por volta das 1200 RPM. Agora com a chave para ajustar o parafuso de ar vire para esquerda (abrindo) ou para direita (fechando) de forma que você observa um aumento da rotação do motor.

Deixe o parafuso do ar na posição mais acelerada possível e depois volte para o parafuso de ajuste da marcha lenta para regular na rotação especificada. Se o parafuso de ar ficar acima de 3 voltas ou menos de 1/4 de volta verifique o circuito de lenta para entupimentos e/ou o nível da bóia. Suba o nível da bóia para aumentar as voltas do parafuso e abaixe para diminuir, aumente um ponto no giglê de lenta se o nível já estiver no limite máximo e diminua um ponto se o nível estiver no limite mínimo. Se o ajuste estiver normal encontre a posição de maior RPM novamente e volte ao parafuso de ajuste de lenta, até que não seja mais possível acelerar o motor com o parafuso de ar. Assim qualquer que seja a sua moto a lenta estará ajustada. Note que as motos mais modernas contam com um cabo de retorno do acelerador e assim têm o ajuste de lenta num parafuso perto da roldana, acima do corpo principal do carburador.

Para o segundo sistema, composto pelo pistonete e agulha do acelerador, temos que verificar a cor da vela, para isso necessitamos de uma lanterna com uma lupa para ampliar a imagem na hora de fazer a leitura. Instale uma vela nova com a especificação do fabricante e saia com a moto, mas mantenha o acelerador somente até 3/4 do total. Ande por uns 15 minutos e pare a moto sem deixar o acelerador em outra faixa do que essa, de 1/2 a 3/4. muito menos na lenta.

Sempre que for fazer uma leitura da vela, pare a moto sem desacelerar e retire a vela para fazer a leitura da cor da isolação conforme ilustrado. Figura 1 representa um excesso grande de combustível na mistura; Figura 2 mostra uma boa condição de mistura e a figura 3 indica uma condição de super aquecimento causado pela mistura extremamente pobre. Como conseqüência há detonação e possivelmente derretimento da cabeça do pistão ou beirada de válvula de escape. As nuances de cor entre essas demonstradas indicam os pontos intermediários. Entre as indicadas por 3 e 4 está a regulagem mais utilizada hoje em dia, por causa das leis anti poluição. A mistura está sempre puxando para o lado pobre, principalmente em motores refrigerados a água, que têm o poder de controlar o excesso de temperatura que se torna perigoso pois causa detonação e a auto-destruição do motor, quase por inteiro.

 Como a maioria das motos vem com a regulagem de fábrica muito próxima do ideal é pouco provável que seja necessário a troca do pistonete ou do conjunto agulha/tubo difusor de mistura. Apenas deslocando a posição da agulha em relação ao pistonete podemos alterar a proporção de combustível no ar. Subindo o clip que fixa a agulha no fundo do pistonete faz a curva da mistura iniciar a aceleração com a mistura mais pobre e de outra forma, descendo o clip nas canaletas faz enriquecer a curva da mistura em relação à posição do acelerador. Isso faz com que a leitura da vela passe para o lado escuro, mais frio. O contrário faz com que a vela fique mais clara indicando um aumento da temperatura e queima mais completa do combustível. Não passe para o lado do super-aquecimento, indicado por depósitos de metal na vela ou ainda pela detonação, ou aquela famosa batida de pino.

A afinação do segundo sistema de alimentação em geral só é possível se a capacidade do giglê principal não se encontra muito fora do ideal, então qualquer melhora conseguida no curso intermediário do acelerador representa que na final a proporção já estará satisfatoriamente correta. Se ao contrário, parecer impossível acertar a mistura nessa faixa que corresponde à posição da agulha e corte do pistonete, tente novamente com um giglê de alta um ponto a mais ou a menos, conforme a necessidade e retome a indexação central da agulha, para que se manifeste o efeito da mudança do giglê. Por exemplo, se o ajuste da agulha se mostra incessantemente pobre, mesmo com a trava no sulco mais baixo da agulha (posição mais rica), aumente um ponto no giglê de alta e volte a agulha ao centro das canaletas para reiniciar as medições, sempre com vela nova.

A afinação de um carburador pode se tornar um serviço extenuante, porque é praticamente impossível não ser na base de tentativa e erro. Ajudam a experiência e o conhecimento da forma de funcionamento do carburador para se saber onde agir para corrigir algum problema. Mas é pela experimentação metódica, em colaboração com a boa prática do pensamento científico que se consegue resolver os problemas causados pela mistura fora dos padrões ideais de queima da gasolina.

Fonte: www.motonline.com.br
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